Idosos: o dilema do empréstimo consignado

Golpes contra idosos crescem. Foram registradas 57.824 queixas no Procon, referente a golpes do consignado

Segundo o IBGE, entre 2012 e 2021, pessoas com 60 anos ou mais passaram de 11,3% para 14,7% da população brasileira. Essa tendência do envelhecimento populacional é acompanhada de um aumento expressivo de golpes contra o idoso.

É notório que os idosos são mais suscetíveis a sofrerem golpes, tendo em vista que muitos desconhecem as novas tecnologias, principalmente os aplicativos de banco. Junto ao desconhecimento tecnológico, os vazamentos de dados do INSS, contribuem ativamente para golpes relacionados ao empréstimo consignado.

O empréstimo consignado é aquele que as parcelas são descontadas na folha de pagamento e apresenta menor risco para as instituições financeiras. Por um lado, o aposentado é bombardeado de propagandas sobre empréstimo consignado e por outro tem os dados pessoais utilizados para adquiri-lo. 

Os criminosos se apropriam dos dados pessoais e as instituições financeiras induzem o idoso na busca por metas. Nesses cenários apresentados, os idosos são vítimas de pessoas mal-intencionadas que em busca de dinheiro reduzem as suas aposentadorias a nada.

O idoso é o indivíduo que trabalhou durante anos e agora que tem o seu direito conquistado é obrigado a lidar com golpes. O mundo está cheio de sujeitos que tentam a todo custo alcançar objetivos, mesmo que para isso seja o responsável por debilitar a renda de uma pessoa.

Os idosos devem sempre verificar o extrato bancário, não se deixar levar por propostas de atendentes bancários e não assinar documentos sem ler. Os atendentes bancários são pessoas que estão trabalhando no atendimento ao cliente e internamente precisam vender produtos bancários para bater metas e continuar empregado.

Sendo assim, os aposentados devem ficar atentos, até mesmo aos familiares, que também fazem empréstimo consignado sem a autorização do idoso.

Por: A articulista